Raça do Mês de Junho: Yorkshire Terrier


Nome da Raça: Yorkshire Terrier

Aparência Geral
A de um Terrier de Luxo, de pêlos longos, cuja pelagem azul e canela é repartida no focinho e da base do crânio até o fim da cauda e pende para baixo de cada lado do corpo, de maneira uniforme e absolutamente reta. O corpo é limpo, compacto e bem proporcionado. O porte alto da cabeça e os modos confiantes do cão devem dar uma aparência de vigor e auto importância.

Pelagem
Qualidade, textura e quantidade da pelagem são de primordial importância. O pelo é lustroso, refinado e de textura sedosa. A pelagem no corpo é moderadamente longa e perfeitamente reta não ondulada. Ele pode ser aparado na altura do chão para dar facilidade de movimento e uma aparência asseada, se desejado. Os pelos descidos da cabeça são longos e presos com uma laçada no centro da cabeça ou repartido no meio e presos com duas laçadas. Os pelos no focinho são muito longos.
Os pelos devem ser aparados curtos nas pontas das orelhas e podem ser aparados nos pés para dar uma aparência asseada.

Cores
Os filhotes nascem preto e canela e são normalmente de cor mais escura no corpo, exibindo uma mescla de pelos pretos na canela, enquanto estão amadurecendo. A cor da pelagem do corpo e a riqueza da canela na cabeça e nas pernas é da mais primordial importância em cães adultos, aos quais os seguintes requisitos de cor se aplicam:
AZUL: É um azul aço escuro, não um azul prateado e sem mescla de pelos castanhos amarelados, bronzeados ou pretos.
CANELA: Todos os pelos canela são mais escuros na raiz do que no meio matizando-se com um canela moderadamente mais claro nas pontas. Não deve haver mistura de pelos fuliginosos ou pretos em qualquer área de canela.



Peso
Não pode exceder 3,175 kg (7 libras).

Yorkshire terrier , também chamada York e Yorkie, é uma raça canina de pequeno porte do grupo dos Terriers. De acordo com a Federação Cinológica Internacional, é a raça de padrão 86, inserida no grupo 3, pertencente a seção 4. Inicialmente criada para ser rateira, seus criadores perceberam de cedo o potencial para uma bem sucedida raça de companhia. Após cruzamentos específicos, o padrão de tamanho, beleza e comportamento foi atingido, o que o tornou um animal popular em poucos anos.
Seu físico é descrito como diminuto e proporcional, de pelagem macia, lisa e comprida, o que lembra o cabelo humano. Sua coloração é difícil de ser obtida, o que o torna ainda mais interessante. Sua personalidade, descrita por alguns como grande para seu tamanho, é classificada como destemida, carinhosa, afetuosa, versátil e independente, o que atraiu a atenção dos lares do mundo inteiro, fazendo do yorkshire o cão miniatura mais popular de todos. Inteligente, é também o número um no grupo dos terriers em lista elaborada, que divide a inteligência canina em ranking.
A busca pelo animal perfeito gerou problemas específicos para a saúde dos exemplares modernos, bem como características psicológicas negativas e termos inexistentes, que prejudicam o bom desenvolvimento de certos indivíduos, além dos problemas de saúde comuns a todos os caninos.
Presente na cultura humana desde o seu surgimento como raça canina, foi o cão favorito na Inglaterra, o primeiro campeão nos Estados Unidos em exibição de raças, o preferido no Brasil por seguidos dez anos e o terceiro cão mais popular em Portugal. O menor de todos os terries, tem como destacados exemplares um campeão de pistas e uma soldado da Segunda Guerra Mundial.

Origem e evolução
Huddersfield Ben e Katie: Imagem de 1870, pouco depois da primeira aparição de um exemplar da raça, apresentada à nação inglesa.
O surgimento desta raça está atrelado a fatos históricos ocorridos na Grã-Bretanha, mais precisamente na Escócia, antes de seu reconhecimento oficial. Ao fim do século XI, servos e trabalhadores adquiriram a permissão de criarem cães, porém seu tamanho não deveria ultrapassar o de um aro metálico de sete polegadas de diâmetro, o que acredita-se ter sido possível fator para o início dos cruzamentos artificiais que deram origem às raças posteriormente chamadas de terriers. Nessa época o cão que passasse sem problemas por este aro era considerado pequeno o suficiente para não caçar, já que a classe servil à qual pertenciam seus donos não tinha o direito à caça de subsistência.
Até o século XVIII a maioria dos britânicos trabalhava na agricultura mas, com o advento da revolução industrial, houve grandes mudanças na vida familiar e muitos, ao lado de seus cães, deixaram o campo para se transferirem ao Condado de Yorkshire, onde cresceram pequenas comunidades ao redor das minas de carvão, dos moinhos têxteis, e das indústrias de lã. Mais diretamente ligado ao surgimento dos yorkshires, dita uma raça relativamente recente, estão os cruzamentos entre vários cães de pequeno porte já conhecidos desde então, que se aglomeraram junto a seus donos nas cercanias destes centros de trabalho. De todas as teorias sabidas a mais aceita fala de cruzamentos naturais entre black and tan, skye terrier, dandie dinmont e até mesmo maltês, todas tradicionalmente conhecidas como caçadoras em tocas, e que estavam presentes nas regiões de Manchester e Leeds, ocupadas pelo novo cenário que surgia de crescimento urbano
Nessas comunidades, com destaque para a composta pelos operários de West Riding, estes cães passaram a ser vistos não apenas como animais de companhia em casa e nas minas de carvão, mas como úteis rateiros na caça aos roedores que se escondiam por baixo dos terrenos das casas, e nas competições de bar, nas quais estes caninos disputavam o posto de maior matador de ratos em apostas para posteriormente serem vendidos como valiosas peças. Bem sucedido como companheiro e caçador, chamou a atenção de criadores que, entusiasmados, iniciaram um novo processo seletivo na busca de um melhoramento do padrão e das características de beleza e como rateiro. Estes processos iniciais, acredita-se, foram os que geraram o primeiro cão projetado e produzido com sucesso, cujo comportamento deveria ser corajoso, o tamanho diminuto e a aparência bela. Fisicamente estes cães acabaram por pesar entre 5 e 7 kg e tinham o pelo macio e rajado, como ainda pode ser visto na raça moderna.


Exemplar do século XX Estes já se apresentavam menores e de pelo mais liso que seus representantes anteriores. A criação da específica raça é creditada ao cavalheiro inglês Peter Eden, um notável criador da época e respeitado juiz de competições oficiais. De sua posse faziam parte exemplares de pelagem longa e acetinada azul e fulva, bem como o ancestral de um dos mais conhecidos yorkshires de exposição da época, além de ter-lhe sido atribuído o primeiro registro de um yorkshire no Livro de Criação, sob o nome "terrier escocês de pêlo curto e yorkshire". No século seguinte ao início do êxodo para as cidades, por volta do ano de 1861, o yorkshire foi apresentado pela primeira vez à nação inglesa em Birmingham, quando desfilou como variedade especial de uma outra raça. Alguns anos mais tarde apareceu em sua primeira exposição canina, foi reconhecido como raça pelo American Kennel Club, e inserido no Britsh Kennel Club sob o nome de yorkshire terrier, cujo primeiro padrão previa dois grupos distintos: um para os exemplares de até 2,3 kg, preferidos para companhia, e outro para os de até 6 kg, prediletos para a caça aos roedores. Em 1898 foi criado o primeiro clube dedicado restritamente à raça.



Ao fim da Era vitoriana a raça atingiu ascensão social por ter sido escolhido pela rainha Vitória como seu cão de estimação, passando então a figurar como companhia das senhoras aristocratas e da alta burguesia, que ornamentavam seus animais de acordo com o modelo da roupa que usavam no dia. A partir de então o ora caçador eficiente tornou-se em definitivo um cão de companhia de luxo, como se vê modernamente ao lado de celebridades. Foi devido ao seu diminuto tamanho - ele é o menor de todos os terriers - e aparente fragilidade, que o yorkshire, quase sempre chamado apenas de york, manteve sua popularidade no mundo, sendo frequentemente escolhido por pessoas que moram em casas pequenas ou apartamentos para serem suas companhias. Graças a sua personalidade, entretanto, também é animal preferido por donos que ocupam grandes mansões, não se limitando então aos que possuem reduzidos espaços.
O Yorkshire Terrier, como conhecido nos dias mais próximos, difundiu-se por todo o mundo. Em 1932 apenas trezentos foram registrados no Kennel Clube Britânico, ao passo que em 1957 este número subiu para 2 313 e, em 1970, chegou a ser a raça mais popular da Inglaterra. Na década de 1990 atingiu o ápice de exemplares em lares, ao atingir os 25 665. Contudo este número reduziu-se próximo da metade em apenas quatro anos. No ano de 2009 foi eleita uma das dez raças mais populares do mundo em pesquisa que ressaltava seu temperamento corajoso, seu companheirismo e o seu tamanho, próprios para companhia sem restrição de idade.

Etimologia e significado
A nomenclatura desta raça passou por variações desde o seu reconhecido surgimento até aparecer oficialmente em um clube específico, no ano de 1898. No começo, foi chamado de "Terrier Escocês", devido a origem dos terriers em geral e ao êxodo dos escoceses às cidades inglesas. Mais tarde, passou a chamar-se "Terrier Escocês de pêlo curto e Yorkshire", para passar a chamar-se "Terrier Escocês anão de pêlo longo". Por fim, por volta de 1870, teve seu atual nome adotado, devido a região na qual iniciaram-se os cruzamentos que levaram ao Yorkshire Terrier.
De acordo com o dicionário de língua portuguesa, Yorkshire Terrier é classificado como "raça de cães de companhia muito pequenos, de pêlo comprido e sedoso.", ao passo que terrier restringe um pouco mais o significado do york: "nome comum a vários cães, comumente pequenos e baixos, outrora usados na caça de animais de pêlo pequenos, mas hoje mantidos principalmente como animais caseiros de estimação.".

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