Raça Mês de Novembro: Pit Bull


Histórico: Nos idos de 1630 encontramos pela primeira vez referência sobre o termo bulldog que designava os cães usados no “esporte” denominado bull running, onde dois ou mais cães era instigados para atacar e derrubar um boi solto num pasto ou, de vez em quando em arenas fechadas. Por ser considerado muito perigoso para o público, este esporte foi substituído por outro tão ou mais cruel, o bull baiting , onde o boi ficava amarrado e os cães rastejavam em sua direção. O boi se defendia tentando enfiar os chifres em baixo do cão, para jogá-lo bem alto, para que se machucasse na aterrissagem; o cão, por sua vez, tentava agarrar as narinas do boi, considerado o lugar mais sensível e, quando conseguia, não largava mais, sendo necessário enfiar-se uma cunha afiada na boca do cão para abri-la, ou cortar-se pedaço das narinas do boi. Em 1835, na Inglaterra, todas as brigas de animais foram proibidas, o que fez com que as brigas só entre cães ganhassem grande impulso, porque, necessitando de menor espaço, era mais fácil realiza-las clandestinamente. A proibição também provocou queda no preço de comercialização dos bulldogs, forçando seus proprietários, normalmente da classe média e da classe alta, a se dedicar a criação de cães de exposição. No começo do século XIX, para obter cães de briga mais ágeis que eram usados nas rinhas contra ratos, gambás e até macacos, criadores ingleses resolveram cruzar os bulldogs com os terriers, cujo resultado foi chamado de bull and terrier. Para os EUA foram levados tanto o bulldog quanto o bull and terrier que, inevitavelmente passaram a cruzar entre eles. Em 1898 foi fundado o United Kennel Club (UKC), que começou a registrar o bulldog de briga com o nome de pit bull terrier , também conhecido por vários outros nomes, tais como yankee terrier, bulldog pit bull dog,dog, pit dog, american bull terrier, staffordshire terrier. O fundador do UKC, Mr. C.Z.Bennet efetuou, em 1898, o primeiro registro desta raça, o animal de sua propriedade Bennet’s Ring. No final da década de 1920, um grupo de criadores achou que a raça poderia ganhar mais popularidade e aceitação como cão de exposição. Por isso começaram a tentar o reconhecimento da raça na outra entidade americana, o American Kennel Club (AKC), que, ao contrário do UKC, naquela época já se dedicava e organizava exposições de beleza com reconhecimento internacional. Somente em 1936 a raça foi reconhecida pelo AKC, mas os cães lá registrados não podiam ser usados em rinhas. O nome também teve que ser mudado e a raça passou a ser chamada de american staffordshire terrier. Como modelo para o padrão oficial desta raça foi usado um pit bull de criador John Prichard Colby. Durante muitos anos não havia diferença entre as duas raças: o mesmo cão era registrado numa entidade como american pit bull terrier e na outra como american staffordshire terrier.. Com o passar do tempo e exigências de criação, embora ainda muito pequenas, foram estabelecidas algumas diferenças entre as raças AST e o APBT, que permanecem até hoje.

País de Origem: Estados Unidos da América.

Aparência geral: O APBT é um cão de porte médio, com uma constituição física bem sólida e musculatura bem definida, demonstrando se poderosa e atlética. O corpo deve ter o comprimento da cernelha ao chão igual ao comprimento da cernelha à ponta do ísquio. As fêmeas podem ser um pouco mais longas. Deve aparentar muita força para seu tamanho. O comprimento dos anteriores medido da ponta do cotovelo ao chão é aproximadamente igual à metade da altura do cão medida da cernelha ao chão. Peito profundo até a altura dos cotovelos e largo o suficiente para manter os cotovelos junto ao corpo e os aprumos dianteiros perfeitamente perpendiculares. Não deve parecer pernalta ou atarracado. Cabeça de tamanho médio, bem seca, sem rugas ou pele solta, com o crânio largo e plano e focinho largo e profundo. Vista de lado as linhas superiores do focinho e do crânio são retas e paralelas, separadas por um stop bem definido. Orelhas de inserção alta podendo ser amputadas ou não. Cauda grossa na raiz e afinando para a ponta, de inserção da continuação da linha do dorso, portada baixa e de comprimento até a ponta do jarrete. Pelagem lustrosa e curta, admitindo-se várias cores e marcações. Além destes atributos o APBT deve possuir refinamento, porte e dignidade, sendo considerados desvios graves os machos efeminados e as fêmeas masculinizadas.

Características: A característica essencial do APBT é a impressão de força, aliada ao porte musculoso e atlético. É um cão robusto tanto física como psiquicamente que se adapta muito bem a situações desconhecidas. Um bom APBT não é nervoso, nem agressivo, nem anti-social. É um excelente companheiro para a família, sendo muito notada a sua devoção com as crianças. Embora persistente e determinado, é um cão que costuma trabalhar junto com seu dono, de quem depende muito, característica esta que não faz do APBT um cão de guarda que deve ser bastante independente e agir por conta própria. Por ser um cão muito sensível, requer um dono capaz de socializa-lo e treinar sua obediência com carinho e compreensão. A agilidade natural da raça, sua determinação, sua inteligência, sua intransigência e sua estrutura muscular, fazem com que o APBT tenha sucesso em várias tarefas competitivas, tais como agility, hang time contest (ou “pendura”), weightt pulling (“ou prova de tração”), escalada (em árvores, principalmente) e cabo de guerra, entre outras. O comportamento agressivo com os humanos não é característico da raça e é altamente indesejável devendo ser coibido com veemência. A agressividade com outros cães só é aceitável se o cão for ameaçado, instigado, atiçado ou provocado.

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