Nenhuma outra espécie apresenta tanta diversidade quanto o cão. Todas as raças caninas, porém, compartilham certas características, provindas de uma origem comum. Quando os canídeos se adaptaram aos assentamentos humanos, desenvolveram um temperamento manso e uma série de qualidades geneticamente vinculadas à capacidade de ser treinado, de abanar a cauda e de ter várias cores de pêlo.
Seu crânio e seus dentes ficaram menores do que os dos lobos, pois não precisavam mais atacar grandes animais. Ao abdicar de carne para comer lixo humano, seu cérebro ficou menor. O produto final foi um animal que poderíamos reconhecer como o vira-lata de hoje. Desde então as primeiras raças surgiram com um mínimo de intervenção humana. As pessoas começaram a escolher e criar os cães para determinadas habilidades, como caçar ou servir de guarda.
O ambiente também formou as primeiras raças. Nos climas frios, os cachorros maiores, de pelagem mais densa, eram mais aptos a sobreviver. Ao longo dos séculos o ser humano começou a cruzar animais com características desejáveis, produzindo espécies híbridas.
Criou assim uma variação maior de formas do que poderiam aparecer na natureza. (O esqueleto do lobo foi manipulado pela evolução mas, sem perder nem um único osso).
A variação dos cães foi possibilitada também pelos genes que afetam o ritmo de seu desenvolvimento como feto e filhote.
Ao contrário do que acontece com os gatos, a cabeça do filhote não é apenas menor, mas tem proporções diferentes da cabeça do cão adulto. Por exemplo: O crânio de um Bulldogue, que tem a cara afundada em cima e o maxilar projetado para frente, é resultado de um processo de crescimento do focinho que começa tarde e segue devagar. O restante do crânio forma-se de maneira a adaptar-se a esse focinho curto. Em contraste, o Borzoi tem um focinho longo e fino, que começa a crescer ainda no útero. A fundação dos clubes de cães no século 19 acelerou a seleção artificial e incentivou a criação de novas raças. A maioria das criadas desde 1900 teve como prioridade a aparência.
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